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Paróquia Santuário de Nossa Senhora da Esperança e Santo Inácio de Loyola
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4º Domingo da Páscoa: Jo 10, 11-18

“Eu sou o bom Pastor. O bom Pastor dá a sua vida por suas ovelhas” – diz o Senhor, quando o evangelista nos coloca perante uma das grandes reflexões sobre a presença pascal de Jesus no meio de sua comunidade de fé e no meio da humanidade.

A reflexão do evangelista se coloca na mais bela tradição da fé bíblica que, tantas vezes, considera o próprio Deus como o pastor de seu povo. Deus é o verdadeiro Rei, que é pastor. O bíblico rei Davi havia sido, literalmente, pastor. Em parábolas, como por exemplo,  a do evangelho de Lucas, Jesus é aquele que encontra a ovelha perdida e a coloca sobre seus ombros num sinal da ternura do Deus da misericórdia para com os que se afastam ou se perdem. E assim por diante.

Jesus e só Ele é o bom Pastor porque:

1º. Dá sua vida por suas ovelhas. É uma referencia direta à morte de cruz, à Páscoa. Isto é, ao absoluto, total e até incompreensível amor de Deus.

 

2º. É completamente diferente ao pastor-mercenário “que não se importa com as ovelhas”, pois este acompanha, manipula, ganha dinheiro em cima das ovelhas. Quando chega o “lobo, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa”.

a)      Com estas palavras do evangelho, denuncia-se os falsos pastores, os falsos lideres, os falsos mestres, em todos os níveis, sejam religiosos, políticos, empresariais, etc.

b)      Pois, a palavra do Senhor é contundente: “Não chameis a ninguém de pai sobre a terra, pois só um é vosso Pai que está nos céus; nem chameis a ninguém de mestre, pois só um é vosso Mestre e a ninguém chameis de líder, pois só um é vosso líder, Jesus Cristo”. Segue-se, pois, que todos somos iguais, ovelhas, do mesmo rebanho. Ninguém está sobre ninguém. Só Deus.

c)       Se Jesus é o Pastor, é precisamente por isso: porque não se colocou por cima de ninguém. Pelo contrário: “humilhou-se até uma morte e uma morte de cruz” e é por isso que “Deus o exaltou”. Ou como ele mesmo diz: “quem quiser ser o maior seja o último e o servo de todos, a exemplo do Filho do homem”.

d)      Outros pastores, mestres ou lideres, nos dão a medida da dispersão e de tantas e tantas ovelhas ou pessoas feridas, quando se perde a referencia direta a Jesus, único bom Paator.

3º. “Eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem”, diz Jesus, “assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai”. O “conhecer” bíblico é sempre ter experiência. Experimentar no amor a Deus é tanto quanto experimentar no amor as ovelhas. Não há experiência de Deus sem amor. Assim, como não há experiência de amor sem Deus. São João nos fala da perfeita comunhão entre Deus, Jesus e nós todos. Pois na primeira carta de São João a questão fica bem clara quando escreve que, “todo aquele que ama nasce de Deus e conhece a Deus e quem não ama não conhece a Deus...”

4º “Há ainda outras ovelhas que não são deste redil, também a elas devo conduzir...” Estas palavras nos lembram aquelas do primeiro dia da ressurreição: “Como o Pai me enviou, também eu envio vocês...” A comunhão com Deus das ovelhas se propõe como tarefa a ser realizada ao longo da história, na procura de que haja um só rebanho e um só Pastor. Tudo isto será a ação histórica da igreja, da comunidade de fé, animada pelo Espírito Santo que é o grande dom de Deus, na ressurreição de Jesus. (Os técnicos atuais dirão que é o Jesus da meta-história incidindo na história humana; ou também, a história humana em seu rumo para a meta-história; palavras...)

5º. “É por isso que o Pai me ama...” O amor de Deus em Jesus se torna acontecimento salvador precisamente por isso: porque Ele dá a sua vida. O amor de Deus acontece sempre na doação da vida até o limite, até o extremo, até o fim. Para que todos “tenham vida e a tenham em abundancia.

Concluindo: tudo isto poderia parecer utópico e celeste demais, não fosse a lembrança da realidade de Jesus na cruz e de todos os crucificados do mundo de todos os tempos. “Dar a vida” não é apenas uma frase bonita, senão a realidade total da vida de Jesus, até a morte de cruz. Dar a vida para nós, significa encontrar o sentido maior da vida e do amor. Lembremos os sinóticos e o sentido paradoxal da vida: “quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, esse vai salvá-la”. Jesus é nosso único e bom Pastor, porque só Ele deu sua vida por e para todos nós. E nessa vida dada pelo homem Jesus, que amou até o extremo, a todos, encontramos o dom da vida do próprio Deus, que nos acolhe como filhos e nos dá a vida eterna, o grande e contínuo anúncio do Evangelho de São em todas suas formas.

 

Pe. Agustin sj

Data | 25/04/2015

4º Domingo da Páscoa: Jo 10, 11-18

“Eu sou o bom Pastor. O bom Pastor dá a sua vida por suas ovelhas” – diz o Senhor, quando o evangelista nos coloca perante uma das grandes reflexões sobre a presença pascal de Jesus no meio de sua comunidade de fé e no meio da humanidade.

Data | 25/04/2015

3º Domingo da Páscoa: Lc 24, 35-48

De modo semelhante ao domingo passado, na narrativa segundo São João, hoje é o evangelista São Lucas que nos traz para todos, como o Senhor ressuscitado está presente no meio de sua igreja, isto é, de sua comunidade de fé.

2º Domingo da Páscoa, Jo 20, 19-31
Data | 25/04/2015

2º Domingo da Páscoa, Jo 20, 19-31

Domingo passado contemplamos o túmulo de Jesus vazio, e a primeira proclamação de Maria Madalena que afirmava rotundamente que Jesus estava vivo, havia ressuscitado. Todos os evangelhos são testemunhas do fato. E também, ao longo da história da humanidade nos revelam como Jesus permanece vivo e presente em suas comunidades de fé. 

5º Domingo da quaresma: Jo 12, 20-33

Este trecho do Evangelho de João situa-nos perante o anúncio da proximidade da morte de Jesus, que se identifica com a chegada da “hora” da glória de Deus.

Jesus está em Jerusalém. Alguns “gregos” querem conhecê-lo. Pedem a um dos apóstolos, Felipe: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. Felipe e André conduzem-nos até Jesus que explica para eles que:

4º Domingo da Quaresma: Jo 3, 14-21

Neste domingo, já na proximidade da celebração da Semana santa e da Páscoa, o evangelho de São João nos situa, perante a cruz de Jesus como salvação do mundo, que é, sempre, a perspectiva do Evangelho. Para isso, João nos traz um diálogo de Jesus com Nicodemos, fariseu rico, pertencente a uma das grandes famílias de Jerusalém e que, por duas vezes entra em diálogo com Jesus. Nesta primeira conversa, o evangelista João coloca o fato histórico da cruz de Cristo, em concordância com as Sagradas Escrituras, (Jesus está conversando com um fariseu, isto é, com alguém que conhece bem a lei e os profetas) em consonância  com os acontecimentos no Êxodo de Moisés. Por isso, podemos destacar:

3º Domingo da quaresma: Jo 2, 13-25: Jesus e o Templo

Marcos, Mateus e Lucas colocam o episódio que se conhece como a expulsão dos vendilhões do Templo no final de seus evangelhos, pouco antes da narrativa sobre a paixão-morte-ressurreição de Jesus. O evangelista João, situa a mesma passagem, bem no início de seu evangelho, já num contexto francamente da Páscoa judaica. De todos modos, o evangelho inteiro de João é compreendido à luz da Páscoa, pois desde o começo, o próprio João Batista proclama a Jesus como “o cordeiro de Deus”, como referência ao sacrifício pascal de Cristo. Nesta passagem encontramos a seguinte situação:

2º Domingo de Quaresma, Mc 9, 2-10: A Transfiguração

No Evangelho segundo Marcos, encontramos dois momentos da manifestação da voz de Deus, proclamando que “Jesus é meu Filho amado. Escutai-o”. A primeira aconteceu no momento do seu batismo por João Batista.

1º Domingo da Quaresma: Mc 1,12-15

1)      No batismo de Jesus por João, manifesta-se o Espírito Santo que, depois o conduzirá para o deserto. A vida inteira de Jesus é conduzida pelo mesmo Espírito de Deus. No deserto Jesus: