5º Domingo da quaresma: Jo 12, 20-33
Este trecho do Evangelho de João situa-nos perante o anúncio da proximidade da morte de Jesus, que se identifica com a chegada da “hora” da glória de Deus.
Jesus está em Jerusalém. Alguns “gregos” querem conhecê-lo. Pedem a um dos apóstolos, Felipe: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. Felipe e André conduzem-nos até Jesus que explica para eles que:
1) “Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo que cai na terra não morre, continua a ser só um grão de trigo, mas se morre, então produz muito fruto”. A morte de Jesus encontra seu sentido em produzir os frutos do amor de Deus. Se nos detemos um momento neste símbolo do grão de trigo, encontramos:
a) A natureza é assim. Toda a natureza vive produzindo seus frutos e dando a vida mediante outras sementes e outros frutos.
b) O fruto final do trigo é o pão.
c) O pão era (e ainda é) na cultura mediterrânea, o alimento básico das pessoas. Isto é, o pão é para a vida das pessoas.
d) O pão partilhado nos situa perante o milagre da multiplicação dos pães, isto é, perante o milagre da abundância da vida.(Sinal do reinado de Deus).
e) Há um longo discurso de Jesus, no mesmo evangelho que nos diz claramente que Ele é o “Pão da Vida”..(Sinal da Eucaristia: morte e ressurreição),
f) “Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim”. O Cristo crucificado, sua Vida-dada na cruz, é o pão da vida para todos. (Sinal da vida eterna).
2) Conseqüências para nós:
a) “Quem se apega a sua vida, perde-a, mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna”. É o paradoxo da vida: perde seu tempo quem tenta reter a vida, cujo sentido está em ser dada. A vida foi feita para produzir seus frutos. De graça, no ritmo natural de todo ser vivo.
b) “Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estou estará também meu servo”. Assim, pois, o seguimento de Jesus nos conduz a todos, para sermos grãos de trigo, na doação da vida que produzirá os frutos da vida eterna.
3) Na cruz de Cristo acontece da o “julgamento deste mundo” e, diz o Senhor: “Agora o chefe deste mundo vai ser expulso”
a) O centro da fé em Jesus e do seguimento real de Jesus, que veio, “não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”, está situado no amor até o extremo, na doação da vida, no momento do maior sinal da manifestação da glória de Deus, precisamente, em sua morte de cruz. Pois é neste momento, em que o amor de Deus chega até o ultimo degrau de rebaixamento na escala social dos homens. Chegando até a cruz, Deus nos diz que não há homem algum que não seja digno de seu amor. E assim, somos capazes de perceber que, àqueles aos que os homens tiram a vida, Deus a dá. Porque Deus é assim: sempre fiel e misericordioso. Não existe um Deus da morte e da vingança, mas um Deus para a vida eterna. Apesar de todos os pesares e de todas as forças malignas.
b) E é assim que “o chefe deste mundo” é jogado fora: o amor derrota o ódio, o perdão derrota a vingança, a bondade destrói o mal. Jesus, Deus e Homem, na cruz, derrota o diabo, o mal personalizado. Na cruz de Jesus transparece a maior luminosidade do ser de Deus, no momento maior das trevas que destroem e matam.
Concluindo: continuemos nossa caminhada quaresmal, com santo espírito de liberdade para o amor, para a fraternidade, para o perdão. Na oração e na meditação do Cristo crucificado e, com ele, descubramos e realizemos a Vida Nova que é pão-vida partilhado no amor até o fim.
Nós somos hoje, como aqueles gregos que se aproximaram dos apóstolos querendo conhecer Jesus. É Ele mesmo que nos fala para, com e como Ele, sermos grãos de trigo para a vida de todos.
Pe. Agustin sj
4º Domingo da Páscoa: Jo 10, 11-18
“Eu sou o bom Pastor. O bom Pastor dá a sua vida por suas ovelhas” – diz o Senhor, quando o evangelista nos coloca perante uma das grandes reflexões sobre a presença pascal de Jesus no meio de sua comunidade de fé e no meio da humanidade.
3º Domingo da Páscoa: Lc 24, 35-48
De modo semelhante ao domingo passado, na narrativa segundo São João, hoje é o evangelista São Lucas que nos traz para todos, como o Senhor ressuscitado está presente no meio de sua igreja, isto é, de sua comunidade de fé.
2º Domingo da Páscoa, Jo 20, 19-31
Domingo passado contemplamos o túmulo de Jesus vazio, e a primeira proclamação de Maria Madalena que afirmava rotundamente que Jesus estava vivo, havia ressuscitado. Todos os evangelhos são testemunhas do fato. E também, ao longo da história da humanidade nos revelam como Jesus permanece vivo e presente em suas comunidades de fé.
5º Domingo da quaresma: Jo 12, 20-33
Este trecho do Evangelho de João situa-nos perante o anúncio da proximidade da morte de Jesus, que se identifica com a chegada da “hora” da glória de Deus. Jesus está em Jerusalém. Alguns “gregos” querem conhecê-lo. Pedem a um dos apóstolos, Felipe: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. Felipe e André conduzem-nos até Jesus que explica para eles que: |
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4º Domingo da Quaresma: Jo 3, 14-21
Neste domingo, já na proximidade da celebração da Semana santa e da Páscoa, o evangelho de São João nos situa, perante a cruz de Jesus como salvação do mundo, que é, sempre, a perspectiva do Evangelho. Para isso, João nos traz um diálogo de Jesus com Nicodemos, fariseu rico, pertencente a uma das grandes famílias de Jerusalém e que, por duas vezes entra em diálogo com Jesus. Nesta primeira conversa, o evangelista João coloca o fato histórico da cruz de Cristo, em concordância com as Sagradas Escrituras, (Jesus está conversando com um fariseu, isto é, com alguém que conhece bem a lei e os profetas) em consonância com os acontecimentos no Êxodo de Moisés. Por isso, podemos destacar: |
3º Domingo da quaresma: Jo 2, 13-25: Jesus e o Templo
Marcos, Mateus e Lucas colocam o episódio que se conhece como a expulsão dos vendilhões do Templo no final de seus evangelhos, pouco antes da narrativa sobre a paixão-morte-ressurreição de Jesus. O evangelista João, situa a mesma passagem, bem no início de seu evangelho, já num contexto francamente da Páscoa judaica. De todos modos, o evangelho inteiro de João é compreendido à luz da Páscoa, pois desde o começo, o próprio João Batista proclama a Jesus como “o cordeiro de Deus”, como referência ao sacrifício pascal de Cristo. Nesta passagem encontramos a seguinte situação: |
2º Domingo de Quaresma, Mc 9, 2-10: A Transfiguração
No Evangelho segundo Marcos, encontramos dois momentos da manifestação da voz de Deus, proclamando que “Jesus é meu Filho amado. Escutai-o”. A primeira aconteceu no momento do seu batismo por João Batista. |
1º Domingo da Quaresma: Mc 1,12-15
1) No batismo de Jesus por João, manifesta-se o Espírito Santo que, depois o conduzirá para o deserto. A vida inteira de Jesus é conduzida pelo mesmo Espírito de Deus. No deserto Jesus: |