Obrigado, Mãe da Esperança
Ainda sob o impacto da novena e festa de Nossa Senhora da Esperança. A maior e a mais bela festa da maior e mais bela tradição de nossa abençoada Cidade da Esperança, que completou sua trigésima edição.
É a festa de Deus e do povo que lhe pertence, resgatado pelo amor de Jesus. É a festa da paz, da amizade, do encontro fraterno e da alegria de todos. O Senhor, que caminha sempre conosco, como com aqueles discípulos de Emaús, fez-se presente, na Igreja absolutamente cheia toda noite, na alegria das orações e dos cânticos que fluíam dos corações e dos lábios do santo povo de Deus, como águas de um rio que procura seu mar, unindo-se com seu Deus.
Todas as noites, as celebrações presididas por diferentes presbíteros amigos e até por dois Arcebispos, preparadas e cuidadas com carinho desbordante tanto pelos nossos Diáconos quanto pela magnífica equipe de coroinhas, contavam com a animação contagiante das diferentes equipes de músicos e cantores, que, com a maciça participação de todos os circunstantes, deixavam a todos mais perto do céu do que da nossa terra. A dramatização da chegada da primeira imagem de Nossa Senhora da Esperança ao Brasil, na própria nave de Álvares Cabral, apresentada pelos jovens da Legião de Maria, arrepiou-nos a todos até as lágrimas. Todos os grupos, movimentos, serviços e pastorais do nosso jovem Santuário estavam lá.
Depois, no pátio-praça da Igreja as barracas e os conjuntos musicais deram o tom da alegria geral, noite após noite. A organização do conselho paroquial, sob a batuta magistral de Marcão, fez que as barracas da Legião de Maria, do Segue-me, do EJAC, da Pastoral da Solidariedade, dos Coroinhas, do ECC, da Pastoral do Idoso, do Bazar, Pastoral Familiar, do Terço dos Homens, dos Catequistas,... se tornasse um conjunto harmônico que nem uma bela e afinada orquestra, lançando ao orbe o Canto da Alegria da Nona Sinfonia de Beethoven. No coreto, os mais variados conjuntos de música e canto fizeram pular e dançar jovens de todas as idades, enquanto que a articuladora paroquial voava de um lado para outro, informando e animando os acontecimentos festivos.
Nas barracas, a gente constatava facilmente, o esforço, a dedicação e o santo espírito de doação carinho do trabalho das várias equipes para a grandeza e a beleza da festa que era de todos e para todos. (A mesma coisa que, quando uma família se reúne para celebrar uma festa: uns se ocupam para que tudo dê certo para a festa que é de toda a família).
Uma estupenda Pastoral da Comunicação foi dando conta, incansavelmente, com fotos e vídeos (que não tem nada a invejar de nenhum técnico em comunicação), dos acontecimentos diários.
E assim, durante nove exaustivos dias e noites, chegamos ao dia da celebração da 30ª Festa de Nossa Senhora da Esperança. Ao meio dia em ponto, a Cidade da esperança explodiu na alegria do foguetaço que, desde os quatro cantos do nosso bairro, elevou ao céu, com estrondosa emoção, a ação de graças pela festa da Mãe de Deus, junto ao cheiro de pólvora queimada. Foram vários minutos ensurdecedores, até que um profundo silêncio cobriu, com manto de sol radiante do meio dia, nossas casas e ruas.
Às três da tarde a Igreja abriu as portas, quando ainda o andor de Nossa Senhora estava terminando de ser arrumado com milhares de flores e dúzias de lâmpadas, para a caminhada. De repente, a Igreja lotou. O santo povo de Deus rezou o santo rosário e cantou o Ofício de Nossa Senhora. Rostos cheios de fé e de alegria da imensa família da Esperança que, em seu Santuário se saudava, se abraçava, se beijava, em fim, se encontrava na mesma fé e na mesma fraternidade.
Lá pelas quatro horas, o andor da imagem de Maria santíssima, incandescente de beleza e arte, ultrapassou o umbral da porta da Igreja. À sua vista, o povo de Deus que lotava a praça irrompeu com vivas, aplausos e algumas lágrimas perante a presença daquela figura branquinha e singela que lembra a Mãe de Jesus, sob o título de Nossa Senhora da Esperança.
Na procissão, orações e cânticos, emoções e fogos, promessas e emoções, tomaram conta daquela multidão de fé, formada por crianças, jovens e adultos, famílias inteiras, que, ao uníssono, se comprimia e se exprimia ao redor daquela pequena imagem. A Cidade da Esperança manifestou publicamente sua fé em Deus e sua devoção a Maria, a Mãe do Senhor.
Da metade para o fim da caminhada, a escuridão de alguma de nossas ruas contrastava com a luminosidade do trono de Nossa Senhora que, sob o pálio real, desfilava. Penso que Maria, desde o céu, contemplaria cada um dos milhares de corações unidos pela mesma fé e devoção e acolheria cada uma das preces de todos nós. Precisamente por isso, porque via uma família, a família dos filhos e filhas de Deus, caminhando junto no amor e na esperança. A nossa alegria é a alegria de Maria, a alegria de Deus.
Finalmente chegamos até o pátio da Igreja, onde todos, absolutamente todos, participamos da alegria da celebração da Eucaristia. Uma celebração que desbordou completamente os limites da praça, abrindo-se pelas ruas laterais. Mas todos unidos num mesmo coração e numa mesma alma. Não sei quantas intenções da Missa foram em ação de graças a Nossa Senhora da Esperança. Mas foram muitas.
Quase dez minutos da maior queima de fogos artificiais realizadas por nossa paróquia, coloriram de luz o céu já escuro, da nossa Cidade da Esperança e marcaram o final da 30ª Festa de Nossa Senhor da Esperança.
Segundo os cálculos da PM, na procissão e Missa de encerramento, houve a participação de 22/25 mil amigos e irmãos.
Obrigado, Mãe da Esperança!
Pe. Agustin sj
Na cruz
Soneto ao Cristo Crucificado
(Atribuído a santa Teresa d’Ávila ou a outros autores – Pode ter sido composto por autor espanhol anônimo, mas a beleza da oração nos eleva a todos até hoje. Domingo próximo, de Ramos, iniciamos a Semana Santa, tempo de oração e de contemplação do Senhor, especialmente de sua Paixão, Morte e Ressurreição. Penso que esta oração pode nos ajudar a todos, especialmente na revelação da cruz que é o imenso amor com que Deus nos ama) (A tradução do espanhol ao português é minha. Tentei a maior literalidade possível)
Ano Mariano é para celebrar, fazer memória e agradecer, diz CNBB
Sobre armênios, política e massacres
Nestes dias passados e a propósito do centenário do assassinato em massa de mais de milhão e meio de armênios (segundo outros, um milhão), nos tempos da primeira guerra mundial, a mãos do Império turco-otomano, a causa armênia tomou uma certa atualidade. |
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Ano Santo da Misericórdia
São João Paulo II instituiu o segundo domingo da Páscoa como a festa do Jesus da Divina Misericórdia. Feliz intuição deste Papa, pois, seus sucessores insistiriam no tema, cada um do seu jeito. Bento XVI, em sua primeira encíclica nos lembrou que Deus é amor (Deus caritas est). |
Reflexões quaresmais (IV): A cruz e a amizade
Jesus, no evangelho de São João, diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida por seus amigos”. “Já não vos chamo servos, senão amigos”. “Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”. “O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. |
Reflexões quaresmais (III): A cruz e o escravo
O Evangelho nos conta que Jesus foi vendido pelo amigo, Judas Iscariote, um dos doze escolhidos pelo Senhor. E que foi “comprado” pelos aristocratas responsáveis pelo Templo de Jerusalém. O dinheiro saiu do tesouro de próprio Templo santo de Deus. E que foram, exatamente, trinta moedas de prata. Era o que custava a compra de um escravo. O destino final deste escravo, como o de tantos outros, era a condenação, o flagelo e a morte. |
Reflexões quaresmais (II): A Cruz e o terror
“Ninguém tem maior amor de que aquele que dá sua vida por seus amigos” diz Jesus no evangelho de São João. Amizade compreendida como amor. Ou “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”, com todas as conseqüências, até a cruz. A cruz de Cristo encontra seu sentido maior no extremo do amor. |